terça-feira, 29 de setembro de 2009

WORKSHOP E MOSTRA - 400 ANOS DA INVENÇÃO DO TELESCÓPIO



PROGRAMAÇÃO



TÍTULO

I Workshop Paranaense de Arte-Ciência: Os 400 anos da Invenção do Telescópio e seus Desdobramentos na Arte

DATA DO EVENTO: 01 a 02 de outubro de 2009.

PROMOCAO:Universidade Estadual de Maringá

Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática - PCM

Grupo de Pesquisa em Ensino de Física, Astronomia e História da Ciência. - GEPEF

Universidade Estadual de Ponta Grossa


PROGRAMAÇÃO

01/10/2008

NOITE

Local: Anfiteatro do Nupélia (UEM - G90)* 19:00 h as 19:30 h - Cadastramento e entrega de material* 19:30 h às 20:00 h - Abertura* 20:00 h às 21:30 h - Palestra: “As Contribuições de Galileo para o Surgimento da Ciência Moderna.” - Prof. Dr. André Koch Torres Assis (UNICAMP)* 21:30 h as 22:00 h - Momento cultural0


2/05/2009

MANHÃ

Local – FADEC...* 8:30 as 10:00 - Mesa redonda – “O legado da obra de Galileu”

Presidente: Marcos Cesar Danhoni Neves

Convidados: Mauro Luciano Baesso; Ricardo Pereira,* 10:00 as 10:30 - Lançamento de livros de ciências, astronomia e educação científica.

* 10:30 as 12:00 – Mesa redonda – “Um paralelo entre arte e ciência: do Renascimento ao inicio do século XXI”Presidente: Marcos Cesar Danhoni Neves

Convidados: Josie Agatha Parrilha da Silva e Giovana Terezinha Simão.


TARDE

Local - G68 – salas 11 e 13 e G56 – sala 209 / PEC (cerâmica)* 13:30 às 15:30 h - Oficinas* 15:30 às 15:45 h - intervalo* 15:45 às 17:30 h- Oficinas - continuação


NOITE

Local - Anfiteatro do Nupélia (UEM - G90)

* 19:30 às 21:00 h - Palestra: “Arte, Ciência e Tecnologia.” - Profa. Dra. Maria Cristina Villanova Biazus (UFRGS)* 21:00 às 21:15 h - Intervalo* 21:15 às 21:45 h - Momento cultural* 21:45 as 22:00 h - Encerramento


OFICINAS

Oficina 1 – “Cerâmica: um mergulho no imaginário”

Responsável: Grupo Terra (UEM)

Local: Sala de Cerâmica da PEC

Valor: kit material – 10,00

Oficina 2 – “A montagem e o uso de instrumentos astronômicos antigos no ensino de astronomia”Responsável: Ricardo Pereira (UEM)

Local: G68, sala 13

Valor: kit material – 5,00

Oficina 3 – “Ótica Lúdica”Responsável: PET FÍSICA (UEM)

Local: G56, sala 212

Valor - kit material – 5,00

Oficina 4 – “Descobrindo a Física, Astronomia e a Astrologia com a construção de Mandala” Responsável: Luzita Erichsen (UEPG)e Maria Aparecida Gonçalves Dias da Silva (UEM)

Local: G56, sala 209

Valor:- kit material – 10,00

Oficina 5 - “Ciência, arte e animação”Responsável: Rene MeyringLocal: G 68, sala 11

Valor: kit material – 10,00


* obs: só poderão participar das oficinas os inscritos no evento. Só será aceita uma única inscrição por oficina.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CARTA ABERTA DOS ATEUS AO PRESIDENTE LULA



8 de Setembro de 2009 - 23h04
Ateus divulgam Carta Aberta ao presidente Lula
A ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) divulgou a partir de seu site na internet ( http://atea.org.br ) uma Carta Aberta ao presidente Lula criticando recentes declarações dele sobre a questão religiosa. Na carta, os ateus defendem que "somente um estado verdadeiramente laico pode trazer liberdade religiosa verdadeira, através da igualdade plena entre religiosos de todos os matizes, assim como entre religiosos e não-religiosos de todos os tipos, incluindo ateus e agnósticos".
Veja abaixo a íntegra do documento:


Carta aberta dos ateus ao presidente Lula

Caro presidente

o senhor chegou ao poder carregado pela bandeira de uma sociedade mais justa e mais inclusiva. O uso da palavra "excluídos" no vocabulário das políticas públicas tem o mérito de nos lembrar que as conquistas de nossa sociedade devem ser estendidas a todos, sem exceção. Sim, devemos incluir os negros, incluir as mulheres, incluir os miseráveis, incluir os homossexuais. Mas, presidente, também é preciso incluir ateus e agnósticos, e todos os demais indivíduos que não têm religião.

Infelizmente, diversas declarações pessoais suas, assim como políticas do seu governo, têm deposto em contrário. Ontem mesmo o senhor afirmou que há "muitos" ateus que falam sobre a divindade da mitologia cristã quando estão em perigo. Ora, quando alguém diz "viche", é difícil imaginar que esteja pensando em uma mulher palestina que se alega ter concebido há mais de dois mil anos sem pai biológico. Com o tempo, algumas expressões se cristalizam na língua e perdem toda a referência ao seu significado estrito. Esse é o caso das interjeições que são religiosas em sua raiz, mas há muito estão secularizadas. Se valesse apenas a etimologia, não poderíamos nem falar "caramba" sem tirar as crianças da sala.

Sua afirmação é a de quem vê “muitos” ateus como hipócritas ou autocontraditórios, pessoas sem força de convicção que no íntimo não são descrentes. Nós, membros da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, não temos conhecimento desses ateus, e consideramos que essa referência a tantos de nós é ofensiva e preconceituosa. Todos os credos e convicções têm sua generosa parcela de canalhas e incoerentes; utilizar os ateus como exemplo particular dessas características negativas, como se fôssemos mais canalhas e mais incoerentes, é uma acusação grave que afronta a nossa dignidade. E os ateus, presidente, também têm dignidade.

Duas semanas atrás, o senhor afirmou que a religião pode manter os jovens longe da violência e delinqüência e que “com mais religião, o mundo seria menos violento e com muito mais paz”. Mas dizer que as pessoas religiosas são menos violentas e conduzem mais à paz é exatamente o mesmo que dizer que as pessoas menos religiosas são mais violentas e conduzem mais à guerra. Então, presidente, segundo o senhor, além de incoerentes e hipócritas, os ateus são criminosos e violentos? Não lhe parece estranho que tantos países tão violentos estejam tão cheios de religião, e tantos países com frações tão altas de ateus tenham baixíssimos índices de criminalidade? Não é curioso que as cadeias brasileiras estejam repletas de cristãos, assim como as páginas dos escândalos políticos? Algumas das pessoas com convicções religiosas mais fortes de que se tem notícia morreram ao lançar aviões contra arranha-céus e se comprazeram ao negar o direito mais básico do divórcio a centenas de milhões de pessoas. Durante séculos.

O mundo realmente tinha mais paz e menos violência quando havia mais religião? O despotismo dos soberanos católicos na Europa medieval e a crueldade dos feitores e senhores de escravos no Brasil-colônia vieram de pessoas religiosas em um mundo amplamente religioso que violentava povos e mentes em nome da religião. O mundo não tinha mais paz nem menos violência naquela época, como o sabem muito bem os negros e índios.

Não eram católicos os generais da ditadura contra a qual o senhor lutou, e o seu exército de torturadores? Não haveria um crucifixo nas paredes do DOPS onde o senhor foi preso? A base dos direitos individuais invioláveis pela qual o senhor tanto lutou são as democracias modernas, seculares e laicas, e não os regimes religiosos. Tanto a geografia como a história dão exemplos claros de que mais religião não traz mais paz nem menos violência.

A prática de diminuir, ofender, desumanizar, descaracterizar e humilhar grupos sociais é antiga e foi utilizada desde sempre para justificar guerras, perseguição e, em uma palavra, exclusão. Presidente, por que é que o senhor exclui a nós, ateus, do rol de indivíduos com moralidade, integridade e valores democráticos? No Brasil, os ateus não têm sequer o direito de saberem quantos são. O Estado do qual eles são cidadãos plenos designa recenseadores para ir até suas casas e lhes perguntar qual é sua religião. Mas se dizem que são ateus ou agnósticos, seus números específicos lhes são negados. Presidente, através de pesquisas particulares sabemos que há milhões de ateus no país, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que publica os números de grupos religiosos que têm apenas algumas dezenas de membros, não nos concede essa mesma deferência. Onde está a inclusão se nos é negado até o direito de auto-conhecimento? Esse profundo desrespeito é um fruto evidente da noção, que o senhor vem pormenorizando com todas as letras, de que os ateus não merecem ser cidadãos plenos. Presidente, queremos aqui dizer para todos: somos cidadãos, e temos direitos. Incluindo o de não sermos vilipendiados em praça pública pelo chefe do nosso Estado, eleito com o voto, também, de muitos ateus, que agora se sentem traídos.

Presidente, não podemos deixar de apontar que somente um estado verdadeiramente laico pode trazer liberdade religiosa verdadeira, através da igualdade plena entre religiosos de todos os matizes, assim como entre religiosos e não-religiosos de todos os tipos, incluindo ateus e agnósticos. Infelizmente, seu governo não apenas tem sido leniente com violações históricas da laicidade do Estado brasileiro, como agora espontaneamente introduziu o maior retrocesso imaginável nessa área que foi a assinatura do acordo com a Sé de Roma, escorado na chamada lei geral das religiões.

Ambos os documentos constituem atentado flagrante ao art. 19 da Constituição Federal, que veda “relações de dependência ou aliança com cultos religiosos ou igrejas”. E acordos, tanto na linguagem comum como no jargão jurídico, são precisamente isso: relações de aliança. Laicidade, senhor presidente, não é ecumenismo. O acordo com Roma já era grave; estender suas benesses indevidas a outros grupos não diminui a desigualdade, apenas a aumenta. Nós não queremos privilégios: queremos igualdade e o cumprimento estrito da lei, e muitos setores da sociedade, religiosos e laicos, têm exatamente esse mesmo entendimento. Além de violar nossa lei maior, a própria idéia da lei geral das religiões reforça a política estatal de preterir os ateus sempre e em tudo que lhes diz respeito como ateus. Com que direito o Estado que também é nosso pode ser seqüestrado para promover qualquer religião em particular, ou mesmo as religiões em geral? Com que direito os religiosos se apossam do dinheiro dos nossos impostos e do Estado que também é nosso para promover suas crenças particulares? Religião não é, e não pode jamais ser política pública: é opção privada. O Estado pertence a todos os cidadãos, sem distinção de raça, cor, idade, sexo, ideologia ou credo. Nenhum grupo social pode ser discriminado ou privilegiado. Esse é um princípio fundamental da democracia. Isso é um reflexo das leis mais elementares de administração pública, como o princípio da impessoalidade. Caso aquelas leis venham de fato integrar-se ao nosso ordenamento jurídico, os ateus se juntarão a tantos outros grupos que irão ao judiciário para que nossa realidade não volte ao que era antes do século retrasado.

Presidente, por tudo isso será que os ateus não merecem inclusão sequer em um pedido de desculpas?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

GESTÃO SBPC-PR


Durante 5 anos fui Secretário Regional da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). Durane toda gestão realiozamos diversas atividades nos campos da ciência, da educação e da política. Na ciência, realizamos eventos em todas as SNCT (Semana Nacional de Ciência e Tecnologia). Na educação, produzimos a página http://www.sbpc-pr.com.br/, editamos cinco livros, um curta-metragem em celebração à invenção do avião por Santos-Dumont, além de dois hipertextos. No campo político atuamos na defesa da carreira docente, de políticas públicas para a educação, cultura e ciência, na defesa do PET (Programa de Educação Tutorial), na defesa da escolha direta pela comunidade dos diretores das escolas municipais, e na defesa de um percentual maior de recursos para o fomento da ciência (especialmente a Fundação Araucária).
Dentro da própria SBPC (nacional) tenho sido voz para a democratização da gestão com preocupação com a base, pela associação a R$ 1,00 (um real). Ciência deve ser gratuita por natureza! Além do mais, é necessário que a Sociedade, histórica em suas batalhas, prime pelo diálogo aberto, contínuo e intransigente da educação e da ciência públicas no país.

Como Secretário adjunto espero continuar colaborando com o que foi semeado no árido campo da educação científica no país.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

SOBRE PSEUDOCIÊNCIAS...




JC e-mail 3740, de 13 de Abril de 2009.


Ciência paranormal, artigo de Marcelo Leite

“Os cruzados do clima e do criacionismo se tomam por cavaleiros do novo paradigma, em investida contra o moinho climático e darwiniano”


Marcelo Leite é autor de "Folha Explica Darwin" (Publifolha, 2009) e do livro de ficção infanto-juvenil "Fogo Verde" (Editora Ática, 2009), sobre biocombustíveis e florestas.


Artigo publicado na “Folha de SP”:


Leia esta coluna como um desabafo.

Após quase três décadas de jornalismo científico, nas quais esse campo deu um salto notável, é desanimador encontrar a imprensa ainda vulnerável ao assédio de grupos marginais que, na falta de melhor nome, caberia caracterizar como "ciência paranormal".

Não se trata bem da pseudociência tradicional, daquele tipo fraudulento que vende barbatana de tubarão ou cogumelo solar como a última palavra da pesquisa. Refiro-me aos cruzados que se empenham no assalto à ciência natural estabelecida.

À frente marcham os céticos do aquecimento global - mais bem-sucedidos em suas incursões midiáticas - e da evolução por seleção natural - menos ouvidos por jornalistas, mas com maior inserção social por meio de igrejas e seitas.

Não admitem fazê-lo por razões ideológicas, morais ou dogmáticas, como a Igreja Católica nas suas campanhas contra a camisinha e as células-tronco embrionárias, mas usam armas similares.

Sua tática tem por alvo a noção de "ciência estabelecida". O nome pode ser ruim, mas designa uma coisa boa: o estado da arte do conhecimento, conjunto variável de explicações sobre o mundo natural apoiado em observações e aceito pela comunidade mundial de pesquisadores. O consenso muda o tempo todo, mas mantém um núcleo que Thomas Kuhn chamou de "ciência normal".

Esta sobrevive até que observações discordantes se acumulem a ponto de desencadear a famosa "mudança de paradigma". As teorias são abandonadas ou radicalmente transformadas, dando origem a outra ciência normal. Os cruzados do clima e do criacionismo se tomam por cavaleiros do novo paradigma, em investida contra o moinho climático e darwiniano. Promovem qualquer artigo obscuro a resultado discordante que vai derrubar a ciência normal.

Alegam censura e repressão, quando sua "ciência" não é reconhecida (como a "teoria" do design inteligente).Outra tática empregada é apresentar como prova de refutação as lacunas e incertezas inerentes ao conhecimento científico. Os evolucionistas não têm uma explicação completa da origem bioquímica da vida, portanto estão errados. Modelos climáticos não passam de simulações, portanto seus resultados são inservíveis.

O mantra dos céticos do aquecimento é acusar o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima) de ignorar a variabilidade natural do clima. Segundo os cavaleiros do paradigma, o painel da ONU menospreza influências como as variações na radiação solar resultantes dos ciclos de atividade da estrela, ou como vulcões e raios cósmicos. Não é verdade.

Os aproximadamente 500 autores e 400 revisores do capítulo sobre a base de ciência física do "Quarto Relatório de Avaliação" do IPCC (AR-4, 2007) consideraram a literatura sobre aqueles fatores naturais, sim. Concluíram que eles contribuem com cerca de um décimo do potencial de aquecimento das atividades humanas, como a emissão de gás carbônico pela queima de combustíveis fósseis e florestas.

É uma questão que admite abordagem empírica. Para isso, cientistas que discordam têm de produzir novos dados e submetê-los à avaliação de seus pares, não de jornalistas.

O IPCC pode não ser santo, mas é honesto e transparente. Já os céticos e criacionistas não param de pé sem uma conspiração repressora de governos, imprensa leiga e periódicos científicos para calar os que bebem a Verdade de fontes a que só eles, os escolhidos, têm acesso.(Folha de SP, 12/4)

terça-feira, 7 de abril de 2009

PRIMEIRA POSTAGEM


Este Blog tem a intenção de mostrar os vários projetos elaborados e material verbo-visual (livros e filmes) produzidos pelo Prof. MARCOS CESAR DANHONI NEVES, Professor Titular do Departamento de Física da UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ao longo das duas últimas décadas, em prol da educação e da divulgação científica em todos os níveis.
* (caricatura do artista de rua Tommaso Ponti, napoletano, à la Escher, 1998).