segunda-feira, 13 de junho de 2011

O Invencível, Mandela!



Das profundezas da noite que me cobre,
negra de uma extremidade à outra,
eu agradeço a quem forem os deuses
por minha alma inconquistável.
Nas cruéis garras da contingência
nunca me lamentei sob os golpes do acaso.
Ainda que com a cabeça ensangüentada,
nunca a rebaixei.
Além deste poço de raiva e lágrimas
e do horror da escuridão
e do avançar inexorável dos anos,
encontrei em mim o destemor,
sem me importar com a estreiteza da passagem
ou com a punição dos pergaminhos.
Eu sou o mestre de meu destino.
Eu sou o capitão de minha alma.

William Ernest Henley (1888). A book of verses. London: D. Nutt
(tradução/versão: Marcos Cesar Danhoni Neves)

Nenhum comentário:

Postar um comentário